O som de espadas se chocando ecoa pelo pátio da Fortaleza Vermelha, misturando-se com os gritos dos corvos que circundam as torres. Você observa da sacada de seus aposentos, seus olhos fixos na figura imponente de seu irmão mais velho, Aegon Targaryen, agora rei dos Sete Reinos.
Aegon se move com uma graça letal, sua espada dançando no ar enquanto ele treina com Ser Criston Cole. Mesmo de longe, você pode ver o suor brilhando em sua pele, seus músculos se contraindo sob a túnica de treino.
Um nó se forma em seu estômago, uma mistura de inveja, admiração e algo mais... algo que você não ousa nomear.
"Admirando nosso querido irmão, não é?"
A voz de Aemond corta através de seus pensamentos como uma lâmina afiada. Você se vira para encontrar seu outro irmão mais velho encostado no batente da porta, seu olho de safira brilhando maliciosamente.
"Apenas observando o treinamento," você responde, tentando manter a voz neutra.
Aemond ri, um som sem humor. "Claro que está. Não se preocupe, irmãozinho. Tenho certeza que um dia Aegon vai notar sua existência."
As palavras de Aemond atingem como um soco no estômago, mas você mantém o rosto impassível. Anos na corte te ensinaram a esconder suas emoções.
"Se me dá licença, irmão," você diz, passando por Aemond. "Tenho assuntos a tratar."
Você caminha pelos corredores da Fortaleza, sua mente um turbilhão de pensamentos. Desde que Aegon foi coroado, a tensão no castelo tem sido palpável. Sua meia-irmã, Rhaenyra, ainda não aceitou a usurpação de seu direito ao trono, e rumores de guerra civil pairam no ar como uma nuvem de tempestade.
Ao virar uma esquina, você quase colide com sua mãe, Alicent Hightower. Seus olhos verdes te examinam criticamente.
"S/N," ela diz, seu tom frio como sempre. "Onde você estava? O conselho está prestes a começar."
Você reprime um suspiro. "Estava a caminho, mãe."
Alicent estreita os olhos. "Não se esqueça de seu lugar, filho. Aegon pode ser rei agora, mas precisamos permanecer unidos como família. Os lobos estão à espreita, prontos para nos devorar ao primeiro sinal de fraqueza."
Você assente, sabendo muito bem a que "lobos" ela se refere. Os apoiadores de Rhaenyra estão por toda parte, esperando uma oportunidade para atacar.
"Não se preocupe, mãe," você diz. "Sei onde minha lealdade está."
Alicent parece satisfeita com sua resposta. Ela ajeita sua coroa - um símbolo de seu novo status como rainha mãe - e gesticula para que você a siga.
O salão do conselho está tenso quando vocês entram. Aegon está na cabeceira da mesa, sua coroa de ouro e rubi brilhando à luz das tochas. Seu olhar encontra o seu por um breve momento, e você sente um calor inesperado se espalhando por seu peito.
Você toma seu lugar à mesa, entre Aemond e sua irmã Helaena. Ela te oferece um sorriso fraco, seus olhos grandes e tristes como sempre. Seu coração se aperta ao ver o estado de sua irmã - seu casamento com Aegon a deixou ainda mais retraída e melancólica.
"Agora que estamos todos aqui," Aegon começa, sua voz profunda reverberando pela sala, "podemos começar. Quais são as notícias de Pedra do Dragão?"
Ser Otto Hightower, seu avô e Mão do Rei, limpa a garganta. "Nossos espiões relatam que Rhaenyra está reunindo apoio. Lorde Corlys Velaryon jurou suas frotas a ela, e há rumores de que os Stark do Norte estão considerando apoiá-la."
Um murmúrio preocupado percorre a sala. Você observa Aegon, notando como seus dedos se apertam ao redor dos braços de sua cadeira.
"E quanto aos outros grandes senhores?" Aegon pergunta, sua voz controlada, mas você pode detectar uma nota de tensão.
"Os Lannister e os Baratheon permanecem leais a Vossa Graça," Ser Otto responde. "Os Tully e os Arryn ainda não declararam apoio a nenhum lado."
Aegon assente, seus olhos percorrendo a mesa até pousar em você. "E você, irmão? O que acha que devemos fazer?"
Você engole em seco, sentindo o peso de todos os olhares sobre você. É raro Aegon pedir sua opinião diretamente.
"Acredito que devemos agir primeiro, Vossa Graça," você diz, mantendo a voz firme. "Enviar emissários aos senhores indecisos, oferecer alianças, casamentos se necessário. Quanto mais apoio reunirmos, menos provável será que Rhaenyra arrisque uma guerra aberta."
Aegon te observa por um longo momento, um sorriso lento se espalhando por seu rosto. "Sábias palavras, irmão. Talvez eu tenha subestimado você todos esses anos."
O elogio inesperado faz seu coração acelerar. Você nota o olhar de aprovação de sua mãe, contrastando com a expressão azeda de Aemond.
"Muito bem," Aegon declara. "Seguiremos o conselho de S/N. Preparem os emissários. E quanto a você, irmão," ele diz, seus olhos fixos nos seus, "gostaria que você se juntasse a mim mais tarde. Temos muito a discutir."
Com isso, Aegon encerra a reunião. Enquanto todos se levantam para sair, você permanece sentado, seu coração batendo freneticamente. O que Aegon poderia querer discutir em particular? E por que a ideia te enche simultaneamente de excitação e apreensão?
Quando finalmente você se levanta para sair, sente uma mão em seu ombro. É Ser Criston Cole, o Lorde Comandante da Guarda Real.
"Sua Graça deseja vê-lo em seus aposentos após o jantar," ele informa, seu tom neutro, mas seus olhos te examinando com curiosidade.
Você assente, incapaz de formar palavras. Enquanto caminha de volta para seus próprios aposentos, sua mente gira com possibilidades. O que a noite trará? E mais importante, você está preparado para enfrentar o que quer que Aegon tenha em mente?
Você se dirige aos aposentos de Aegon com o coração trovejando em seu peito. A Guarda Real à porta o deixa passar sem questionar. Você respira fundo antes de bater.
"Entre," a voz de Aegon ecoa de dentro.
Você empurra a pesada porta e entra. O quarto é vasto e luxuoso, iluminado por dezenas de velas. Aegon está de pé perto da janela, uma taça de vinho em sua mão. Ele se vira para você, seus olhos violeta brilhando à luz das velas.
"Ah, S/N," ele diz, um sorriso lento se espalhando por seu rosto. "Estive esperando por você."
"Vossa Graça," você murmura, inclinando-se levemente. "Você queria me ver?"
Aegon ri, o som enviando arrepios por sua espinha. "Vossa Graça? Somos irmãos, S/N. Aqui, neste quarto, sou apenas Aegon para você."
Ele se aproxima, seus movimentos graciosos como os de um predador. "Sabe, sempre me intrigou como você se manteve nas sombras todos esses anos. Quieto, observador... mas hoje, no conselho, você mostrou que tem mais a oferecer do que eu pensava."
Aegon está tão perto agora que você pode sentir o calor emanando de seu corpo. Seu cheiro - uma mistura de couro, vinho e algo uniquamente Targaryen - enche seus sentidos.
"O que você quer de mim... Aegon?" você pergunta, sua voz mal acima de um sussurro.
Os olhos de Aegon escurecem de desejo. "O que eu quero? Eu quero tudo, irmãozinho. Seu conselho, sua lealdade... seu corpo."
Antes que você possa reagir, Aegon fecha a distância entre vocês, seus lábios capturando os seus em um beijo feroz. Você ofega de surpresa, permitindo que a língua dele invada sua boca.
O beijo é como fogo líquido, consumindo todo seu ser. Suas mãos se movem por vontade própria, enredando-se nos cabelos prateados de Aegon. Ele geme contra seus lábios, suas mãos descendo para agarrar sua cintura.
Quando vocês finalmente se separam, ofegantes, Aegon sorri. "Eu sabia," ele murmura. "Eu via o jeito que você me olhava. Desejando, ansiando..."
"Aegon," você ofega, "isso é loucura. Somos irmãos."
Ele ri, o som baixo e perigoso. "Somos Targaryens. O fogo do dragão corre em nossas veias. As regras dos homens comuns não se aplicam a nós."
Suas mãos trabalham rapidamente, despindo você com eficiência. Você treme, parcialmente de frio, parcialmente de desejo, enquanto Aegon o admira.
"Lindo," ele murmura, seus dedos traçando padrões em sua pele. "Meu irmãozinho misterioso, escondido à vista de todos."
Aegon te guia para a cama, empurrando-o gentilmente. Você cai sobre os lençóis de seda, observando com olhos famintos enquanto ele se despe.
O corpo de Aegon é uma obra de arte, esculpido por anos de treinamento com espada. Sua excitação é evidente, dura e imponente.
Ele se junta a você na cama, seu corpo cobrindo o seu. "Diga-me que você quer isso," Aegon exige, seus olhos fixos nos seus.
"Eu quero," você respira, jogando a cautela ao vento. "Pelos Sete, Aegon, eu quero você."
Com um grunhido de satisfação, Aegon captura seus lábios novamente. Suas mãos exploram seu corpo, tocando, acariciando, provocando. Você arqueia contra ele, gemendo baixinho quando ele toma um de seus mamilos entre os dentes.
Aegon trabalha seu caminho para baixo de seu corpo, deixando uma trilha de beijos e mordidas leves. Quando ele chega à sua ereção, ele para, olhando para você com um sorriso malicioso.
"Observe-me, irmãozinho," ele comanda antes de tomar você em sua boca.
Você grita de prazer, suas mãos agarrando os lençóis. A boca de Aegon é quente e habilidosa, sua língua fazendo coisas que você nunca imaginou possíveis.
Quando você está à beira do êxtase, Aegon se afasta. Você geme em protesto, mas ele apenas ri.
"Paciência," ele murmura, alcançando um frasco de óleo na mesa de cabeceira. "A noite mal começou."
Aegon cobre seus dedos com o óleo antes de circular sua entrada. Você estremece ao toque, nervoso mas excitado.
"Relaxe," Aegon sussurra, beijando seu pescoço enquanto desliza um dedo para dentro de você.
A sensação é estranha no início, mas à medida que Aegon trabalha pacientemente, preparando-o, o desconforto dá lugar ao prazer. Logo, você está gemendo e se contorcendo, implorando por mais.
"Aegon, por favor," você ofega. "Eu preciso..."
"O quê?" Aegon provoca, seus dedos atingindo aquele ponto dentro de você que faz estrelas explodirem atrás de seus olhos. "Diga-me o que você quer."
"Você," você geme. "Eu quero você dentro de mim."
Com um sorriso satisfeito, Aegon remove seus dedos. Ele se posiciona entre suas pernas, alinhando-se com sua entrada.
"Olhe para mim," ele comanda.
Seus olhos se encontram quando Aegon empurra para dentro. A sensação é avassaladora - dor e prazer misturados em uma tempestade de sensações. Aegon para, dando-lhe tempo para se ajustar, seus olhos nunca deixando os seus.
Lentamente, ele começa a se mover. Cada estocada envia ondas de prazer através de seu corpo. Você envolve suas pernas ao redor da cintura dele, puxando-o mais fundo.
"Meu," Aegon grunhe, aumentando o ritmo. "Meu irmão, meu novo amante."
O quarto é preenchido com o som de pele contra pele e gemidos desesperados. Você se agarra aos ombros de Aegon, suas unhas deixando marcas crescentes em sua pele.
A pressão cresce dentro de você, um calor intenso se acumulando em seu baixo ventre. Aegon deve sentir sua proximidade, porque ele envolve uma mão ao redor de sua ereção, bombeando-a em sincronia com suas estocadas.
"Venha para mim, irmãozinho," Aegon comanda. "Deixe-me ver você se desfazer."
Suas palavras são o catalisador final. Com um grito abafado, você atinge o clímax, seu corpo tremendo de prazer. Aegon o segue momentos depois, enterrando-se profundamente em você enquanto encontra sua própria liberação.
Por vários momentos, vocês ficam assim, ofegantes e trêmulos. Finalmente, Aegon se retira, rolando para o lado mas mantendo-o perto.
"Isso foi..." você começa, incapaz de encontrar as palavras certas.
"Incrível," Aegon completa, um sorriso satisfeito em seu rosto. Ele traça padrões preguiçosos em sua pele. "Você superou todas as minhas expectativas, irmãozinho."
Você sorri, sentindo-se saciado e estranhamente em paz. Mas à medida que a névoa pós-coital começa a se dissipar, a realidade da situação começa a se estabelecer.
"O que acontece agora?" você pergunta baixinho.
Aegon te puxa para mais perto, seus lábios roçando sua testa. "Agora, você toma seu lugar ao meu lado. Não mais nas sombras, mas como meu conselheiro mais confiável... e meu amante secreto."
Você assente, sabendo que sua vida mudou irrevocavelmente. As implicações políticas, os perigos, os segredos que terão que guardar - tudo isso paira no horizonte. Mas neste momento, aninhado nos braços de Aegon, você se permite sentir esperança.
Lá fora, os corvos continuam a gritar, como se anunciando o amanhecer de uma nova era. Uma era de fogo e sangue, de paixão e poder, onde você não é mais o príncipe esquecido, mas uma peça vital no jogo dos tronos.
E enquanto o sono começa a envolvê-lo, você se pergunta o que o futuro reserva para você e Aegon, para sua família, e para os Sete Reinos. Seja o que for, você está pronto para enfrentar - ao lado de seu rei, seu irmão, seu amante.
